Prestes a completar dois anos de mandato, Marcelo Oliveira faz balanço de sua gestão
Reconstruir a cidade e manter o foco no futuro. Esse parece ser o principal objetivo da gestão de Marcelo Oliveira (PT), frente do Paço mauaense. Próximo de chegar à metade de seu mandato de quatro anos, o atual prefeito de Mauá afirma que tem trabalhado bastante não apenas para reorganizar a cidade financeiramente, mas também para garantir a execução de obras que são importantes para o momento atual de Mauá.
Em uma conversa de quase uma hora com o Jornal Opinião Pública, Marcelo Oliveira fez uma avaliação de sua gestão, explicando o que vem sendo feito para que Mauá siga se desenvolvendo, entre diálogos, obras e serviços que estão sendo executados na cidade, que completa 68 anos nesta quinta-feira (8).
JOP – Como o senhor avalia o seu mandato à frente da Prefeitura de Mauá até aqui?
Marcelo Oliveira – No primeiro ano, quando assumimos a Prefeitura, trabalhamos para arrumar a casa na questão administrativa e também financeira. Conseguimos fechar o primeiro ano no azul e fazia muito tempo que não acontecia isso. Nós tivemos um superávit de 6,7%, se não estiver equivocado, por um trabalho de organização financeira. E o maior desafio naquele momento, além de arrumar a casa, foi o combate à Covid-19. Foram dois temas fundamentais.
E no segundo ano começamos a colher os frutos desta organização administrativa e financeira. Começamos a entregar serviços e ter os contratos de prestação de serviços organizados, todos pagos em dia e pudemos avançar.
Entregamos os Centro de Proteção Animal, cinco vezes maior do que era e ampliando os serviços; entregamos também o oitavo CRAS no Jardim Falchi, e agora todo o território da cidade está coberto com o serviço de atendimento social; entregamos as unidades de saúde revitalizadas, Zaíra I, Macuco, Magini, Kennedy e entregaremos por esses dias a da Vila Carlina e começaremos a revitalização da unidade do Zaíra III, da Vila Assis e as reformas dos postos do Jardim Santista e do Parque São Vicente e começamos o novo posto do São João; tivemos duas ações importantes de contenção dos córregos do Tamanduateí e do Corumbé.
Além destas ações, começamos a obra em parceria com o Governo do Estado, que é a Praça da Cidadania, no Jardim Éden, com campo sintético, quadra poliesportiva, pista de caminhada, pista de skate, playground, academia ao ar livre, um teatro a céu aberto e oito salas, sendo seis de cursos profissionalizantes para a população daquela região. Será um projeto muito importante. O campo sintético do Itapeva também já está bem avançado e devo por esses dias assinar a ordem de serviço para fazer o campo da Vila Assis; a escola do Jardim Nova Mauá já fizemos a licitação e só falta a ordem de serviço para começar a construir e estamos terminando a licitação da escola da Vila Assis, a Maria Vani, e terminando o projeto da escola Jonathan Pitondo, no Jardim Bandeirantes.
Também retomamos a parceria com o FIESP para a construção do SESI da Vila Vitória. Conseguimos avançar, a previsão é de que em 2024 comecemos as aulas. E após dialogarmos com o SESI, os convencemos a construir um campo de futebol sintético, com quadra, para que a população possa usar os fins de semana.
JOP – O senhor já frisou que 2021 foi um ano para reorganizar as contas da cidade. Comparando a 2021, a administração neste ano tem sido mais fácil?
MO – Nós conseguimos nos organizar porque montamos uma equipe na Secretaria de Finanças com pessoas técnicas, para poder nos ajudar. E teve uma ordem nossa para que fossem cortados os contratos de prestação de serviços em 30%, para que pudéssemos ajustar. Assinei um decreto criando um comitê para discutir as dívidas de restos a pagar e de curto prazo e um comitê para negociar com as empresas as dívidas com desconto. Isso fez com que saíssemos de uma nota C- do CaPag (Capacidade de Pagamento) para BBB. E esperamos chegar na nota A no ano que vem.
Conseguimos nos organizar no primeiro ano para que estivéssemos mais aliviados nos anos seguintes. 2022 foi um ano de algumas dificuldades e desafios ainda, mas conseguimos avançar nas áreas de zeladoria na cidade, de saúde. Esse ano conseguimos mostrar à população que vamos avançar.
No Poder Público é difícil dizer que um ano foi fácil, mas tivemos a experiência de já conhecer a administração e pudemos trabalhar com o nosso orçamento, diferente de 2021, onde trabalhamos com o orçamento fechado pelo governo anterior em 2020. Fechamos o ano passado com R$ 1,2 bilhão em arrecadação e a previsão é de que nesse ano fechemos em R$ 1,4 bilhão.
JOP – Em relação a reforma administrativa que seu governo propõe de que forma esse projeto ajudará a cidade?
MO – Estamos fazendo o que chamamos de readequação administrativa, não é nem uma reforma, porque não aumentamos a quantidade de cargo e alocamos as pessoas para evitar desvio de função. Teremos uma economia de R$ 1,2 milhão por ano, mesmo sem diminuir ou aumentar os cargos. Juntamos também algumas secretarias, outras nós extinguimos e criamos a Secretaria de Defesa Civil, pois percebemos que a cidade necessita de mais estrutura neste tema, por termos na cidade mais de 200 áreas de risco.
JOP – Um dos programas que a sua administração conseguiu iniciar neste ano é o “Mais Por Mauá”. Quais têm sido os resultados deste projeto ao longo do ano e qual o impacto que ele tem causado na população?
MO – É bom destacar que o programa “Mais por Mauá” foi construído através do diálogo com a população, nas 23 reuniões do “Orçamento Participativo” em 2022 e nas reuniões com segmentos dos comerciantes, empresários, associações, com as pessoas que representam a religião na cidade, e conseguimos criar esse programa que será muito importante e que, não tenho dúvidas, será o maior que Mauá já viu em realizações de obras, de serviços e de trabalho social.
Distribuímos em três eixos que serão as obras como as construções de escolas, postos de saúde, campos de futebol sintético, quadras de lazer, muros de contenção, recapeamento de ruas, ginásios de esportes, centro de convivência do idoso e assim vai.
Além das obras, teremos os serviços que prestamos. Vou dar o exemplo das mamografias. Tínhamos muitas mulheres esperando para fazer o exame e depois de um recadastramento, encontramos 5 mil. E hoje não há mais fila para fazer mamografia. A mulher que precisar fazer o exame vai passar no médico e se ele solicitar, ela já sai com a data para fazê-lo. Como fizemos isso? Colocamos um mamógrafo dentro do Nardini e fizemos parcerias com clínicas privadas.
E no social temos outro exemplo. Diminuímos o valor do restaurante popular de R$ 2 para R$ 1 e criamos o restaurante popular móvel. Estamos indo aos bairros com um caminhão com 200 marmitex por dia e o ano que vem queremos avançar para cinco caminhões para estarmos todos os dias nos bairros da cidade.
O programa “Mais por Mauá” vai ficar na história e vai melhorar muito a qualidade de vida das pessoas nos serviços, no social e na infraestrutura.
JOP – Neste ano tivemos eleições para os governos estadual e federal e em ambos haverá mudanças para 2023. O que é possível esperar de diálogo com as duas esferas?
MO – Diálogo com o governo federal não houve nenhum. Tentei várias vezes, mas não houve programas que me apresentassem. O que teve do governo federal foram emendas que conseguimos através da relação com deputados. Já no governo do estado, tivemos um diálogo importante. Não foi na medida em que pensávamos e que aconteceram em cidades da região e não foi por falta de pedidos. Mas estamos na expectativa de assinar o convênio para asfaltar ruas que são de terra, em um programa que o estado tem o compromisso de colocar R$ 10 milhões e nós de colocarmos R$ 13 milhões, para fazer a estrada do Carneiro, a estrada do Pilar e a rua atrás do (supermercado) Nagumo.
E algo que nos deixa um pouco angustiado é a questão do financiamento do Nardini. Conseguimos negociar R$ 1,5 milhão por mês até dezembro, já foi repassado para nós os R$ 9 milhões antes da eleição, mas como será janeiro e fevereiro? Com certeza em janeiro não vai ter (repasse), porque até pela transição. Nesta semana vou para o Palácio dos Bandeirantes dialogar para tentar resolver já e entrar em janeiro já sabendo (da situação).
Agora, o governo federal, com certeza em janeiro estarei lá, tentando marcar o dia para levar os projetos que pretendemos fazer para a cidade.
JOP - Pensando em 2023, o que a Prefeitura de Mauá tem planejado para fazer com que a cidade continue avançando?
MO – Pretendemos terminar, até o ano que vem, a informatização em todas as unidades de saúde. Hoje, chegando na unidade do Zaíra I, tem um tótem onde você clica, sai uma senha e a pessoa acompanha todo o atendimento nas telas, desde o chamamento para o guichê até os atendimentos, seja na farmácia, na vacina ou em uma consulta. Também queremos terminar a informatização da Secretaria de Planejamento, seja para obter ou renovar um alvará de funcionamento, de construção, de conservação, para que ele saia o mais rápido possível pela internet.
Esperamos avançar também na educação e ir para outras áreas, além das obras que já citei. Teremos o maior programa de recapeamento de ruas da cidade. Vamos entrar pelos bairros, como já começamos, e depois iremos para as avenidas, como a Castelo Branco, Barão de Mauá, Itapark, Capitão João. A recuperação e revitalização das escolas e postos de saúde; a recuperação de espaços de esportes. Arrumamos recursos para fazer a revitalização do Ginásio Poliesportivo Celso Daniel, e também os ginásios da Vila Vitória e da Vila Assis; a construção de campos sintéticos, do Itapeva, da Vila Assis e de outras duas regiões que vou deixar no suspense; estamos revitalizando as praças onde temos quadras. Vamos mexer na quadra do Paranavaí, no Zaíra, no Pajussara, no Maringá, na Vila Assis, no Primavera, o que será importante para a prática de esporte nessas regiões; vamos voltar com um programa chamado “Escola Aberta”, onde serão abertas escolas por região para prestar serviços à comunidade nos finais de semana, desde esportes, cultura e lazer, a saúde, assistência social, trabalho e renda, o que nos ajudará a estar próximos das pessoas.
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